O sambista Arlindo Cruz morreu na tarde desta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Casa de Saúde São José, na zona sul da cidade, para tratar uma pneumonia. A morte foi confirmada pela família.
Desde março deste ano, o cantor enfrentava complicações decorrentes de uma bactéria resistente, ligada ao quadro pulmonar. A saúde de Arlindo já era frágil por conta das graves sequelas deixadas por um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico sofrido em março de 2017.
O derrame ocorreu enquanto ele tomava banho, após ser socorrido, foi levado para um hospital particular no Rio, onde ficou internado por longo período. Desde então, perdeu os movimentos de boa parte do corpo e teve a fala comprometida, embora, segundo relatos da esposa e dos filhos, continuasse a interagir e compreender o que acontecia ao seu redor.
Nos últimos sete anos, passou por internações recorrentes.
Trajetória e legado
Arlindo Cruz é um dos grandes nomes do samba no Brasil. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1958, e começou a tocar cavaquinho ainda criança, influenciado pelo pai, que também era músico.
Quando jovem, já tocava em rodas de samba. Depois, entrou para o Grupo Fundo de Quintal, um dos grupos mais importantes do samba. Lá, ajudou a mudar o estilo do samba com novos instrumentos, como o banjo. Ficou no grupo por mais de 10 anos.
Depois disso, o artista seguiu carreira solo e fez muito sucesso. Ele lançou vários discos e fez parcerias com outros grandes artistas do samba, como Zeca Pagodinho e Jorge Aragão. Também compôs muitas músicas conhecidas e respeitadas.
Em 2017, ele teve um AVC (derrame cerebral) muito sério. Desde então, está se recuperando com ajuda da família e dos fãs. Mesmo com os problemas de saúde, o nome dele continua sendo muito respeitado no mundo do samba.
Hoje, seu filho Arlindinho também canta samba e ajuda a manter vivo o legado do pai.