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Com alta do ICMS, preço da gasolina sobe R$ 0,10 por litro neste sábado (1) e eleva pressão sobre inflação

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A alta ocorre em todo o país: desde 2022, o ICMS sobre os combustíveis é calculado em reais por litro com uma alíquota única revista nacional anualmente. Na média nacional, representará um aumento de 1,3%, com o preço passando de R$ 6,19 para R$ 6,29 por litro.

A alta terá impacto de 0,08 ponto percentual no IPCA de fevereiro, diz André Braz, economista da FGV. Dificulta ainda mais o trabalho do Banco Central para segurar a inflação dentro da meta. Nesta segunda (27) economistas ouvidos pelo boletim Focus subiram para 5,5% a previsão para o IPCA em 2025.

Braz lembra que a inflação de fevereiro já está pressionada pela recomposição da tarifa de energia elétrica, beneficiada em janeiro com desconto da tarifa de Itaipu, e com a alta do material escolar, que impacta o indicador neste mês.

O professor de economia do Ibmec-RJ Gilberto Braga lembra ainda que o aumento da gasolina é percebido principalmente pela classe média que usa com regularidade e abastece seus veículos com o combustível.

“Há um efeito secundário, que é a contribuição para piorar a avaliação do Governo na faixa social em que tem a maior reprovação”, afirma ele.

No caso do diesel, o efeito no IPCA é diluído. A alta do ICMS elevará o preço médio nacional em 1%, para R$ 6,23 por litro. O produto já vem em alta nas bombas há semanas, como reflexo do aumento de custo das importações e do biodiesel.

Nesta semana, segundo a coluna Painel SA, a Petrobras sinalizou em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a necessidade de reajustar o preço do diesel em suas refinarias, estável desde um corte promovido no fim de 2023.

A companhia, que ainda não confirmou oficialmente o reajuste, vem trabalhando há semanas com preços bem abaixo das cotações internacionais. Mas espero, por outro lado, que a queda do dólar e do petróleo no mercado internacional reduzam a necessidade de aumento.

Na abertura do mercado desta quarta-feira (29), o diesel vendido nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,55 por litro abaixo da paridade de importação medida pela Abicom. A defasagem chegou a se aproximar de R$ 1 em meados de janeiro.

A nova política de preços da Petrobras não segue exclusivamente as cotações internacionais, mas o mercado vê um aumento de importações de diesel pela empresa, o que poderia prever reajustes para evitar prejuízos na venda do produto importado.

Amance Boutin, analista da Argus, diz que a estatal pode estar compensando parada para manutenção na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que é grande produtora de diesel. “Ela não tem acesso ao diesel russo, então está comprando produto mais caro”, afirma.

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