Da Serie: Quero Ser Candidato e Agora?
A Construção de um Projeto Político Eleitoral.
Parte 2
Por Luciano Ferreira Lima*
Apresentação:
Iniciamos aqui a segunda apresentação semanal de um conjunto de artigos sobre a construção de um Projeto Político Eleitoral. Essa publicação é mais uma contribuição a democratização ao acesso ao poder político e eleitoral. Resultado do compromisso com a qualidade do processo, a qualidade dos candidatos e a qualidade da representação política.
Utilizando uma linguagem simples e de fácil compreensão, apresentamos aqui, as variadas fases e técnicas necessárias a conquista do poder político eleitoral, dentro de um processo estruturado e organizado, O que, ao final, proporcionará aos interessados a compreensão da importância da construção de um projeto político. Passando longe das aventuras eleitorais.
Buscando sempre uma ordem cronológica e começando pela situação e posição pessoal do futuro candidato; visitaremos, no curso das publicações, temas como: Imagem do Candidato, Narrativa Política, Reputação, Fases do Projeto Eleitoral, Técnicas de Persuasão, Leitura de Cenários Políticos e Eleitorais, Definição dos Eleitores (Personas), Utilização das Redes Sociais, para fins eleitorais, Montagem de Equipes de Pré-campanha e de Campanha, Lançamento de Pré-campanha e de Campanha, Montagem do Plano de Comunicação etc.
Esperamos que você, que iniciou essa leitura e se interessa pelo tema, acompanhe aqui, as publicações semanais dos artigos e, se possível, visite minhas Redes Sociais e compartilhe com os amigos.
BOA LEITURA.
Estamos a apenas nove meses das próximas eleições e muitos pretensos candidatos ainda não conseguiram definir o seu perfil e a reputação que deseja conquistar. Mas, como estabelece-los? Como encontrar um perfil adequado à história e as pretensões políticas do candidato? Como criar uma reputação que dialogue com a sociedade.
Certo é que todos temos uma história de vida. Melhor dizendo, nossa vida é uma história. E o perfil e a reputação do candidato passa por ela.
Buscar coerências na vida do candidato, é o principal caminho. Todavia, é possível que o candidato deseje estabelecer um perfil mais político do que sua história narra. Isso impõe o estabelecimento de pontos de conexões e ou sinergia entre a sua história e o seu projeto político. Isso ocorre, principalmente, com base naquilo que o candidato deseja representar.
Foge-se um pouco da história pessoal, para ingressar na narrativa política. Cria-se assim, uma experiência acerca de algumas pautas importantes para o eleitorado. Cabendo ao candidato apoderar-se de grande conhecimento sobre os temas pautados. Todavia, aprioristicamente, pode ser importante definir sua visão sobre as principais posições políticas: conservador, moderado ou progressista. Isso vai definir a sua narrativa acerca dos problemas enfrentados durante a campanha eleitoral. Mas isso pode depender das relações políticas que o candidato estabelecer. Podendo ser aferida em outro momento.
A coerência política é uma das formas de motivação do eleitor para a sua escolha pessoal. Nisso, combinar sua narrativa com o seu pensamento político, pode contribuir para a melhora de sua identidade política.
Dito isso, anote-se que o perfil deve representar uma característica pessoal do candidato. Enquanto a narrativa e a reputação devem promover a junção entre o perfil pessoal, a posição e o conhecimento do candidato acerca determinados temas.
Essa definição deve levar à mudanças na vida do candidato. Vestimentas, linguagem e relações interpessoais são questões a serem ponderados para a conversão do perfil do candidato. Sua imersão nos temas pelos quais deseja ser identificado, são de espetacular importância para o domínio das pautas.
O candidato, após a definição de seu perfil, deve representar segurança, honestidade, conhecimento acerca das pautas e empatia com o eleitor.
Definir o perfil significa conhecer o candidato, conhecer suas forças e suas fraquezas. Conhecer onde a sua história se encontra com o presente e se aplica para o futuro.
Já a sua narrativa deve apontar para uma posição de profundo conhecedor sobre o tema narrado, mas também, em alguns casos, deve mostrar indignação sobre alguns fatos que contrariem o interesse dos seus eleitores alvos.
A narrativa, ainda que racional, deve conter elementos emocionais, pois, a maioria dos eleitores, na época do voto, decidem pela emoção.
Essa narrativa, nada mais é do que uma história bem contada, com início, meio e fim; por alguém que a protagonizou, ou que pelo menos à conhece muito bem. Não adianta divulgar uma realização. É necessário contar toda a história – com emoção – tendo no final a solução de um problema ou, um encaminhamento concreto ou a solução de parte dele.
Esses dois elementos, Perfil e Narrativa, levaram a construção da reputação do candidato. Que nada mais é que a opinião pública sobre uma pessoa. Assim, tornando-se o candidato um profundo conhecedor sobre suas pautas, como por exemplo; Segurança Pública, Saúde, Educação etc., sua reputação estará identificada pela opinião pública como alguém que conhece, defende e está preparado para representar os eleitores. Facilitando destarte, uma identificação com o eleitorado alvo.
Noutra forma, pose ser buscada uma reputação voltada para aspectos geográficos, onde a soma de demandas pode ser o caminho, para a sua construção. Todavia, isso se dá de forma mais presente nas eleições municipais. Entretanto, é muito comum observamos uma forma hibrida de definição de reputação. As Emendas parlamentares são um exemplo marcante dessa estratégia.
Agora que você já sabe como definir, Perfil, Narrativa e Reputação do Candidato, conversaremos na próxima semana sobre as FASES DE UM PROJETO POLÍTICO ELEITORAL.
Até lá. E se possível, inscreva-se em nosso canal no Youtube, siga-nos no Instagram e no Facebook.
E, um forte abraço.
*Luciano Ferreira Lima
Consultor e Gestor de Projetos Políticos, Mestrando em Ciência
Política, Advogado, Professor Universitário e Articulista.
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